Você ouviu aquele ditado "quem casa quer casa"? Pois é, mas junto com o sonho do próprio lar, vêm as temidas contas a pagar. Não precisa entrar em pânico! Vamos conversar sobre como dividir esses gastos da melhor maneira possível, sem que haja motivo de discórdia.
Situação financeira e divórcio
A edição mais recente da pesquisa Estatística do Registro Civil, divulgada pelo IBGE, mostrou que, em 2021, o Brasil registrou um total de 386,8 mil divórcios em primeira instância ou realizados por meio de escrituras extrajudiciais.
Existem diversos motivos que podem levar um casal à decisão do pedido. No entanto, uma tendência que os especialistas têm divulgado nos últimos anos, são as separações devido a questões financeiras. Ainda de acordo com o IBGE, 57% dos divórcios realizados no Brasil na última década foram motivados por problemas financeiros.
Ocultar uma compra do parceiro, falsificar a quantidade de renda ou qualquer valor adicional que entre ou sai da conta no mês, exceder os limites de gastos acordados no relacionamento com despesas não essenciais, esconder questões financeiras como dívidas, e tomar decisões que podem afetar a renda do casal ou da família, como mudar de emprego ou trocar de carro, sem considerar a opinião do parceiro são considerados infidelidade financeira por especialistas.
Como evitar as brigas pelas contas?
Para evitar as discussões, separamos sete dicas para controlar as finanças em casal:
1. Conheça os rendimentos
A primeira dica é simples, mas crucial: saiba quanto cada um ganha. Não é questão de invadir a privacidade alheia, mas entender as possibilidades financeiras do casal é a base para uma divisão justa.
2. Igualdade ou proporcionalidade?
Não existe uma fórmula única. Casais com estratégias semelhantes podem optar pela divisão igualitária, enquanto outros podem preferir uma abordagem proporcional. O importante é que ambos se sintam confortáveis com o acordo.
3. Transparência é a chave
Não esconda suas despesas. A transparência financeira é crucial. Manter o diálogo aberto sobre gastos, sejam eles fixos, variáveis ou umas compras a mais, ajuda a construir confiança e evita surpresas lucrativas.
4. Contas conjuntas ou individuais?
Essa é uma decisão importante. As contas conjuntas podem facilitar a gestão financeira, mas as contas individuais também trazem seus benefícios. Encontrar um equilíbrio que funcione para ambos pode ser a chave para o sucesso financeiro de dois.
5. Reserva de emergência é prioridade
Ninguém gosta de pensar nos imprevistos, mas é essencial ter uma reserva de emergência. Isso não só proporciona segurança financeira, mas também evita que pequenos problemas se transformem em grandes discussões.
6. Estabeleça metas financeiras em conjunto
Tenham objetivos financeiros comuns. Pode ser uma viagem dos sonhos, a compra de um carro ou uma casa tão sonhada. Planejar e economizar juntos fortalece o relacionamento e cria um propósito financeiro compartilhado.
7. Filhos na conversa financeira
Se há crianças na descoberta, envolvê-las na conversa sobre dinheiro desde cedo é crucial. Ensine sobre a importância do planejamento financeiro e mostre que a responsabilidade é de todos.
Conclusão: Construindo uma base financeira sólida com diálogo e respeito
Não há uma receita mágica para dividir as contas em um relacionamento. O segredo é a comunicação aberta, entendimento mútuo e respeito pelas diferenças financeiras. Escolher juntos um modelo que funcione para ambos é o caminho para construir não apenas um lar, mas um futuro financeiro sólido e duradouro.
Lembre-se, o mais importante é que a gestão financeira do casal seja uma jornada a dois, construída com amor, paciência e muita conversa descontraída sobre dinheiro.